Série: Adolescentes e as Redes Sociais Adolescentes e as Redes Sociais

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Imagem cortesia de Ambro em  FreeDigitalPhotos.net

Os pais de adolescentes se perguntam por que seus filhos não falam ao telefone como eles faziam nessa idade. Na época deles uma das maiores preocupações dos pais era que os filhos mantivessem ocupada a única linha telefônica da casa e o preço da conta telefônica. Hoje nos preocupamos com o fato deles poderem perder a habilidade de conversar no mundo real e de olhar nos olhos das pessoas quando falam.

Nós não conseguimos acompanhar a vida digital deles. É muito difícil acompanhar o que eles fazem online porque a velocidade com que aparecem novas ferramentas digitais, aplicativos e outras tecnologias é muito grande. Esses avanços ajudam os adolescentes a diversificar suas práticas online e a mergulhar cada vez mais fundo no mundo digital.

Adolescentes estão passando do pensamento concreto da infância para o pensamento abstrato da vida adulta. Mas eles ainda não desenvolveram completamente o “eu interior” autônomo ou uma identidade central que integra os comportamentos deles nos vários contextos relacionais que vivem.

Eles já sabem que suas ações podem afetar os outros, mas ainda não tem a experiência de vida que nos dá uma perspectiva realista da complexidade e nuances da comunicação e dos relacionamentos humanos. Por isso podem acabar postando coisas que nos chocam.

Temos a expectativa de que os adolescentes devem agir como adultos no mundo digital. Mas eles ainda não são adultos e não estão cientes das consequências de suas interações online, especialmente com aqueles que não fazem parte do seu círculo de amigos mais chegados.

Likes

Vários estudos nos mostram como os cérebros dos adolescentes reagem nas redes sociais. Já sabemos, por exemplo, que os mesmos circuitos cerebrais que são ativados quando comem chocolate ou ganham dinheiro, também são ativados quando os adolescentes veem um grande número de “likes” numa foto que postaram ou que seus amigos mais próximos postaram numa rede social.

Um desses estudos foi feito com trinta e dois adolescentes de 13 a 18 anos no Centro de Mapeamento Cerebral da Universidade da California em Los Angeles – UCLA.

Ciclo da DopaminaOs “likes” promovem uma liberação de dopamina, e isso provoca um ciclo vicioso como o da droga: quanto mais você usa, mais quantidade seu corpo exigirá para se satisfazer. Isso explica a necessidade que eles sentem de compartilhar,  atualizar o status e visualizar todo o tempo suas postagens para ver o que os outros vão falar a seu respeito.

Para isso expõem o que estão sentindo, para onde estão indo, o que estão comendo e o que pensam. E vale até forjar a felicidade ou a desgraça no mundo virtual para conseguir um maior número de “likes”.

Não podemos dizer que já possa ser caracterizado como um vício, mas precisamos ficar muito atentos. O cérebro sofre um processo de amadurecimento que só é finalizado após os 21 anos. A região do córtex pré-frontal é a última área a se desenvolver completamente.  Essa região é responsável pelo nosso raciocínio lógico e também pelo controle dos impulsos, é nosso freio comportamental.

Nesse mesmo estudo, também se observou que os adolescentes acabam decidindo por dar “likes” em fotos com maior número de “likes”. Eles reagem de forma diferente quando percebem que outros gostaram ou não de determinada foto, como se fossem influenciados por pessoas que às vezes eles nem conhecem. Essa influência é potencializada no mundo real, por isso a pressão do grupo é tão forte.

Não é a tecnologia em si o que mais os atrai, mas sim o acesso que ela dá para que interajam com os amigos. Eles acham que as ferramentas digitais aumentam sua conectividade com os amigos, mas na realidade diminui.

Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”. Gênesis 1:26

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