Vivemos num mundo pós-moderno ou pós-cristão, como alguns já estão dizendo, onde tudo é relativo e praticamente não há absolutos. Cada um tem a sua verdade e muitas vezes dizer que há apenas uma verdade pode ser considerado como uma atitude de arrogância e intolerância.
Quando não há absolutos e tudo pode ser verdade, os adolescentes vivem num constante dilema moral e ético e a maior parte do tempo, pois não sabem mais o que é certo ou o que é errado. Podemos comprovar isso no comportamento dos jovens cristãos e não cristãos. Há uma pesquisa do IBOPE de 2006 feita com jovens fluminenses de 14 a 18 anos das classes A à E. 30% deles disseram que ser ético é ser tolo e correr o risco de ser passado para trás.
Quem cita essa pesquisa é Gilberto Dimenstein num artigo do jornal A Folha de São Paulo. Ele diz: “A crônica de mazelas acompanhadas da impunidade é um poderoso estímulo para o culto à malandragem, afinal é promovida por quem deveria dar o exemplo: os adultos e, mais do que isso, os adultos que estão no comando.” Você pode me questionar dizendo que tanto o artigo, quanto a pesquisa são de 2006, mas você vai concordar que em termos de ética e honestidade no nosso país a coisa só tem piorado. Ou não?
E é nesse meio, nessa cultura onde os malandros, os desonestos e mentirosos se dão bem que nossos adolescentes estão vivendo. Essa geração mais jovem está adotando uma visão do que é certo ou errado, centrada no homem ou nos costumes vigentes e não em Deus. Na verdade eles muitas vezes perdem a noção ou não conseguem mais distinguir o que é honesto e o que é desonesto. Se você ainda duvida, faça como eu e digite no Google as palavras adolescente e honestidade e terá a surpresa de encontrar uma notícia internacional sobre adolescentes noruegueses que devolveram ao dono uma grande quantia de dinheiro encontrado. Ser honesto hoje, dá manchete de jornal!
Então como vamos falar de Ética Cristã, de honestidade para essa galera, de maneira que isso realmente faça diferença nas vidas deles? A única forma de resgatar esse valor da honestidade para os nossos adolescentes é mostrar a eles o padrão estabelecido por Deus para a honestidade. Não é um padrão fácil de ser seguido no mundo de hoje, mas é um padrão que vale a pena ser seguido, mesmo que isto signifique ser considerado tolo ou ser passado para trás pelos outros.
Nosso grande desafio é fazer com que eles compreendam que mesmo vivendo num mundo com tantas outras “verdades” e onde o certo e o errado são relativos, eles podem crer que Deus já estabeleceu o que é certo e o que é errado e Deus não muda. Vejam esse texto de João 8:31-34
Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres? “
Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado.
Nesse texto de João, Jesus nos diz que conheceremos a verdade se permanecermos firmes nele e que, ao contrário do que muitos pensam, a verdade de Deus nos liberta. Ela nos liberta do pecado. A verdade de Deus liberta nossos adolescentes deste dilema contemporâneo de nunca saber o que é certo ou errado.
Que Deus nos dê sabedoria para ensinar nossos adolescentes a decidir pelo certo e pelo que Deus tem de bom para nós.