Precisamos falar de política com as novas gerações de cristãos!

politica-adolescentes

Depois das eleições municipais no último domingo, comecei a observar as manifestações de adolescentes e jovens nas redes sociais. Ainda na noite de domingo, um dos mais populares programas da TV brasileira exibiu uma reportagem sobre os jovens e a política no Brasil. Aqui você pode ler mais sobre isso e aqui pode ver a pesquisa que originou a reportagem. Nossos adolescentes e jovens estão falando, discutindo e respirando política, como poucas vezes vimos nesse país.

Já vinha pensando sobre o assunto num misto de contentamento, porque afinal nossos adolescentes e jovens não são alienados, e preocupação, porque parece haver uma tendência bem clara de doutrinação política. Essa tendência é evidente nesse vídeo do filósofo Luiz Felipe Pondé sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

E logo comecei a pensar em como nós, cristãos, estamos ou não estamos discutindo política com nossos adolescentes e jovens à partir de uma perspectiva cristã. Nosso país tem respirado política nesse último ano e nossas igrejas precisam abrir espaço para que jovens e adolescentes possam discutir e aprender sobre o posicionamento do cristão na política. Não estou contrariando a sabedoria popular, que diz que “política, futebol e religião não se discute.” Percebam que não defendo uma discussão partidária, mas sim de ideias e conceitos que se alinhem com o pensamento cristão.

Precisamos mostrar aos nossos adolescentes e jovens que, para nos posicionar nesse cenário, temos que conhecer a Lei de Deus e ter consciência da nossa missão como cristãos no mundo. O cristão pode e deve se envolver nas questões relativas à política e à cidadania.

Um bom começo é conversar com eles sobre cristãos que se engajaram em causas políticas no tempo deles e que foram tão importantes a ponto de terem suas vidas retratadas em livros e filmes: Dietrich Bonhoeffer e William Wilberforce. Bonhoeffer, um pastor na Alemanha nazista foi preso e morto por se opor ao governo. Esse cristão atuou como agente secreto e participou do movimento que tramou o assassinato de Hitler. Além dos livros que ele escreveu, eles podem aprender mais sobre Bonhoeffer no antigo filme, Agente da Graça. William Wilberforce lutou pelo fim da escravidão na Inglaterra no século 19 e sua história é retratada no filme Jornada pela Liberdade.

Também encontramos várias pessoas na Bíblia que se posicionaram diante de governos de acordo com sua fidelidade a Deus: José; Moisés, Neemias, Mardoqueu, Ester, Daniel e seus amigos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os profetas do Antigo Testamento, João Batista e Paulo.

Precisamos mostrar aos nossos adolescentes e jovens que, para nos posicionar nesse cenário, temos que conhecer a Lei de Deus e ter consciência da nossa missão como cristãos no mundo. O cristão pode e deve se envolver nas questões relativas à política e à cidadania:

  • Conhecer a Lei de Deus

Há muitos textos sobre isso, mas destacaria como principais: Romanos 13:1-7 e 1 Pedro 2:13-14

  • Conhecer nossa missão como cristãos

Os cristãos não devem ser seres alienados. Não podemos nos esquecer de que somos, acima de tudo, cidadãos do Reino de Deus e não estamos nesse mundo a passeio. Estamos aqui para fazer diferença e falar do amor de Deus e da Salvação em Cristo Jesus. Somos agentes de transformação, mas da transformação que vem de dentro para fora e muda as pessoas.

Para nossa reflexão, cito  trechos de um texto de Robinson Cavalcanti (1944- 2012), que foi bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de muitos livros.

Uma questão, porém, nos desafia: o que fazer com a nossa vida entre a conversão e a morte/arrebatamento?… Deveríamos ser — como alguém afirmou — apenas “pré-cadáveres cantantes”? Ou há um mandato cultural entregue pelo Criador à humanidade e recuperado, primeiro, por Israel e, depois, pela Igreja? 

A ação política (cidadã) não deve se limitar ao partidário nem, muito menos, ao eleitoral, mas a uma atitude de responsabilidade, sensibilidade, disponibilidade e intervenção no cotidiano, que é obediência e testemunho. 

“A tarefa da Igreja é uma só: mudar o mundo” Charles Finney

Quem é Thiago Braz?

 

Foto de DAVID GRAY/ REUTERS

                                                                                                                               Foto de David Gray/Reuters

Sei que como eu, muitos brasileiros acordaram hoje perguntando: “Quem é Thiago Braz?”. Confesso que até a medalha de ouro desse jovem brasileiro, eu não tinha ouvido falar dele. Assim que pude fui pesquisar sobre o atleta na Internet e minha primeira pesquisa foi na ficha dele publicada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Logo, algumas informações chamaram minha atenção:

HOBBIES: Assistir filmes e ler a Bíblia

OBJETIVOS PROFISSIONAIS: Atingir o que Deus tem para mim

Mais algumas pesquisas e vejo que a história de Thiago é mais uma história de superação. Ele foi abandonado pela mãe ainda menino e foi criado pelos avós. Ao ser perguntado sobre quem seriam as pessoas mais importantes na sua trajetória, ele respondeu “Deus e meus avós”.  Thiago também tem um triste histórico de não resistir às pressões das grandes competições como o Mundial e o Pan. Mas na maior de todas as competições ele finalmente venceu e diz que sua vitória foi um milagre de Deus!

Encontrar notícias, imagens e vídeos sobre o grande feito de Thiago é muito fácil. Thiago é casado com uma jovem atleta, Ana Paula, que foi entrevistada logo após a conquista dele. Vibrando com a conquista, Ana Paula fala do grande empenho do marido para conquistar essa medalha de ouro. E continua dizendo “Hoje o dia foi preparado por Deus para o Thiago e ninguém mudava isso. É para honra de Deus!” Confira a entrevista aqui.

Thiago Braz FBNa página oficial dele no Facebook, encontro essa postagem ao lado. Thiago sabe que Deus está com ele na vitória ou na derrota! Ele crê no Deus que não nos abandona jamais.

Thiago também foi entrevistado após a prova e quando perguntado sobre como conseguia se manter tão calmo, ele respondeu: “Aprendi a ter fé e confiar em Deus. Ele tem me ensinado muita coisa, até mesmo a concentração.” Confira essa entrevista aqui.

Várias notícias descrevem Thiago como muito religioso, mas uma delas diz “É comum ver o atleta brasileiro usando as redes sociais para compartilhar imagens de fé. Adota o discurso em seu dia a dia.” Parece que não é apenas mais um discurso de alguém que se diz cristão, mas é uma fala de alguém que vive de acordo com sua fé! Nessa época de escassez de referências para nossos adolescentes e jovens, a vida do Thiago Braz, com suas derrotas e vitórias, pode ajudá-los a ver que ter uma vida com Deus vale à pena!

Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.
Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem.
Hebreus 12:1-3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os Pokemons invadiram nossas vidas

Pokemon capturado na minha casa

Pokemon capturado na minha casa.

Começou a invasão dos Pokemons! Sim, baixei o aplicativo e em alguns minutos apareceu o primeiro Pokemon em minha casa. Capturei o monstrinho da foto ao lado!

Esse novo game, que pode ser baixado gratuitamente tanto para Androide ou iOS, está quebrando todos os recordes de games para plataformas móveis. O game é na verdade uma grande e fantástica máquina que a Niantic criou para ganhar muito dinheiro! O download é gratuito, mas o jogador é fortemente incentivado a comprar coisas com dinheiro de verdade para usar dentro do jogo. E as compras vão de “pokébolas” até incenso para atrair os monstrinhos!

E agora? Como vamos ajudar nossas crianças e adolescentes a lidarem com essa atraente e perigosa tentação? Há muitos boatos sobre a possibilidade do game ter sido criado para roubar os dados e informações dos jogadores. E até teorias da conspiração envolvendo a CIA! Mas a verdade é que os milhares de aplicativos que já usamos fazem isso muito bem.

Então qual é o grande problema do game?

Para crianças e adolescentes o grande problema é a dependência ou a gamemania! As regiões cerebrais em que as drogas atuam são as mesmas em que o jogo atua. É a expressão máxima de uma nova droga, consome a energia, horários produtivos, contribui para um isolamento social e causa alienação, segundo o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, Rodrigo Fonseca Martins Leite.” 
Os adolescentes (sobretudo os homens, que representam a maioria dos jogadores) são os mais suscetíveis à dependência. A razão disso está na própria estrutura cerebral. O cérebro não está completamente formado nessa etapa da vida. Ele ainda não desenvolveu a capacidade de brecar comportamentos e prever as consequências deles. Isso só começa a acontecer a partir dos 20 anos!

Outros grandes problemas para essas faixas etárias são:

Lembrem-se de que vocês são os pais e tem o dever de proteger seus filhos, limitando o uso dos celulares e tablets, controlando o pacote de dados de Internet a que eles tem acesso e ensinando-os sobre os perigos à que eles se expõem.

Que Deus nos dê sabedoria e graça para cuidar e guiar nossos filhos em mais esse desafio do nosso tempo!

Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo.
“Honra teu pai e tua mãe”, este é o primeiro mandamento com promessa:
“para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”.
Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.
Efésios 6:1-4

Deixe seus comentários sobre esse post. Você pode ter imformações e dicas que beneficiarão outros pais.

Eu tenho um sonho

Parafraseando Martin Luther King, quero falar do meu sonho. E escolhi falar sobre isso hoje, um domingo. Hoje muitas igrejas estão reunidas para adorar a Deus, ter comunhão e ouvir e aprender mais sobre a Palavra de Deus. Mas será que as igrejas estão se reunindo como Jesus queria? Será que estamos reunidos como “família de Deus“? Eu receio que não.

A Bíblia nos diz que fomos adotados como filhos de Deus. Jesus é o Filho Único de Deus, mas nós fomos adotados independente da idade, gênero, etnia, nação ou qualquer outra divisão que a sociedade e a cultura nos impõe. Infelizmente não é isso que vemos em nossas igrejas que deveriam representar a família de Deus aqui na terra. Vivemos numa sociedade fragmentada e a igreja também está fragmentada. Separamos nossas crianças, adolescentes e jovens da grande congregação! E temos feito essa separação há tanto tempo e com tanta eficiência, que as novas gerações estão cada vez mais distantes dos adultos. Trabalho com as novas gerações há muito tempo e sei que é necessário termos um trabalho cuidadoso e direcionado para elas. Infelizmente transformamos esse trabalho específico numa separação e as novas gerações não se sentem parte da família de Deus. E meu sonho é ver as novas gerações integradas à grande família de Deus novamente!

Foi sonhando com isso que me deparei com esse vídeo abaixo:

Crianças, adolescentes e jovens que estão buscando um lugar onde se encaixem. Um lugar onde sejam acolhidos e amados e possam produzir uma sinfonia tão bonita como a do vídeo!

Sim, esse é meu sonho! Sei que é algo que leva tempo, dedicação, doação, paciência, amor e intencionalidade. O sonho pode ser meu, mas a ideia é de Deus! Quando é que a igreja de Jesus Cristo vai se posicionar para tornar esse sonho realidade?

Por isso convido você a deixar seu comentário aqui e sonhar comigo. Teremos muitos outros posts para nos aprofundarmos nessa ideia. Por enquanto, sonhe comigo!

Escolhas de Hoje que Determinam o Amanhã

Ontem, domingo, pela manhã fiz algo que é muito raro e decidir assistir ao Esporte Espetacular com meu marido. E tive uma grata surpresa!

Ronaldo acompanha a saída de Carlos (Foto: Reprodução / TV Globo)

Ronaldo acompanha a saída de Carlos           (Foto: Reprodução / TV Globo)

O programa mostrou uma matéria emocionante sobre dois amigos que costumavam jogar futebol juntos quando jovens e que se reencontraram em uma situação inusitada 20 anos depois. Eles até chegaram a jogar em diversos times de segunda divisão no Brasil e no exterior. Mas os dois escolheram caminhos tão diferentes na juventude que um acabou se tornado juiz de direito e o outro um presidiário por tráfico de drogas. Para ler mais sobre isso ou assistir a matéria na íntegra clique aqui.

Logo pensei  nos nossos adolescentes e jovens e nas escolhas que eles tem fazer hoje e que podem decidir o futuro deles. E há alguns fatores a serem considerados aqui. Vivemos num mundo onde o que importa é viver o momento e a satisfação momentânea sem se importar com as consequências futuras. E sabemos que para tomar  decisões sábias precisamos levar em consideração as possíveis conseqüências de diferentes escolhas.

Um outro aspecto importante é que recentemente as pesquisas sobre o desenvolvimento cognitivo de adolescentes e jovens tem avançado muito principalmente em dua áreas: desenvolvimento do pensamento crítico e a tomada de decisões. Essas duas habilidades são essenciais para que eles possam fazer escolhas sábias. Mas além de adolescentes e jovens  estarem atingindo seu potencial de pensamento crítico mais tarde, todo o nosso sistema educacional e as “facilidades” do mundo tecnológico não permitem que eles desenvolvam completamente esse potencial. Soma-se a isso o fato de que fatores psicossociais como emoções, pressão do grupo e mídia exercem mais influência sobre eles, na hora de tomar decisões, do que sobre os adultos.

Foto: Freedigitalphotos.net

Foto: Freedigitalphotos.net

Novas pesquisas também mostram que o desenvolvimento cerebral hoje é mais lento do que no passado e embora a cognição vá se desenvolvendo ao longo da adolescência e juventude, ela só estará completamente madura na idade adulta. Portanto, as habilidades em áreas como tomada de decisões e pensamento sobre as consequências de seus atos ainda não estão completamente desenvolvidas. Isso explica a facilidade que adolescentes e jovens tem para se envolver em situações de risco e para tomar decisões com consequências desastrosas.

Então qual é a saída para isso? Já que não podemos interferir no desenvolvimento cerebral, podemos atuar nos fatores psicossociais. Pais, líderes, professores e a própria igreja podem ser uma boa influência sobre eles. Para isso, pais tem que estar cada vez mais próximos de seus filhos e desenvolver relacionamentos de amor e confiança com eles e a igreja deve ser parceira dos pais nessa tarefa. A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que tomaram decisões erradas, como Davi e Sansão, e sofreram as graves consequências dessas decisões. Nossos adolescentes e jovens precisam conhecer essas histórias e saber que elas continuam se repetindo hoje, como na história do ex-jogador de futebol e do juiz que a reportagem do Esporte Espetacular mostrou.

Foto: Freedigitalphotos.net

Foto: Freedigitalphotos.net

“Há caminho que parece reto ao homem, mas no final conduz à morte.”
Provérbios 16:25

Que Deus nos dê a sabedoria necessária para ajudar nossos adolescentes e jovens a tomarem decisões que irão determinar o futuro deles.

Falar de Ética Cristã para Adolescentes Hoje. Como?

Vivemos num mundo pós-moderno ou pós-cristão, como alguns já estão dizendo, onde tudo é relativo e praticamente não há absolutos. Cada um tem a sua verdade e muitas vezes dizer que há apenas uma verdade pode ser considerado como uma atitude de arrogância e intolerância.

Quando não há absolutos e tudo pode ser verdade, os adolescentes vivem num constante dilema moral e ético e a maior parte do tempo, pois não sabem mais o que é certo ou o que é errado. Podemos comprovar isso no comportamento dos jovens cristãos e não cristãos. Há uma pesquisa do IBOPE de 2006 feita com jovens fluminenses de 14 a 18 anos das classes A à E. 30% deles disseram que ser ético é ser tolo e correr o risco de ser passado para trás.

Quem cita essa pesquisa é Gilberto Dimenstein num artigo do jornal A Folha de São Paulo. Ele diz: “A crônica de mazelas acompanhadas da impunidade é um poderoso estímulo para o culto à malandragem, afinal é promovida por quem deveria dar o exemplo: os adultos e, mais do que isso, os adultos que estão no comando.” Você pode me questionar dizendo que tanto o artigo, quanto a pesquisa são de 2006, mas você vai concordar que em termos de ética e honestidade no nosso país a coisa só tem piorado. Ou não?

E é nesse meio, nessa cultura onde os malandros, os desonestos e mentirosos se dão bem que nossos adolescentes estão vivendo. Essa geração mais jovem está adotando uma visão do que é certo ou errado, centrada no homem ou nos costumes vigentes e não em Deus. Na verdade eles muitas vezes perdem a noção ou não conseguem mais distinguir o que é honesto e o que é desonesto. Se você ainda duvida, faça como eu e digite no Google as palavras adolescente e honestidade e terá a surpresa de encontrar uma notícia internacional sobre adolescentes noruegueses que devolveram ao dono uma grande quantia de dinheiro encontrado. Ser honesto hoje, dá manchete de jornal!

Então como vamos falar de Ética Cristã, de honestidade para essa galera, de maneira que isso realmente faça diferença nas vidas deles? A única forma de resgatar esse valor da honestidade para os nossos adolescentes é mostrar a eles o padrão estabelecido por Deus para a honestidade. Não é um padrão fácil de ser seguido no mundo de hoje, mas é um padrão que vale a pena ser seguido, mesmo que isto signifique ser considerado tolo ou ser passado para trás pelos outros.

Nosso grande desafio é fazer com que eles compreendam que mesmo vivendo num mundo com tantas outras “verdades” e onde o certo e o errado são relativos, eles podem crer que Deus já estabeleceu o que é certo e o que é errado e Deus não muda. Vejam esse texto de João 8:31-34

Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres? “
Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. 

Nesse texto de João, Jesus nos diz que conheceremos a verdade se permanecermos firmes nele e que, ao contrário do que muitos pensam, a verdade de Deus nos liberta. Ela nos liberta do pecado. A verdade de Deus liberta nossos adolescentes deste dilema contemporâneo de nunca saber o que é certo ou errado.

Que Deus nos dê sabedoria para ensinar nossos adolescentes a decidir pelo certo e pelo que Deus tem de bom para nós. 

Pecado e Preconceito

Parece até título de livro ou filme, mas não é. É uma forma de discutirmos homossexualidade e homofobia do ponto de vista bíblico e cristão com nossos pré-adolescentes e adolescentes. Esse é um assunto sério e do momento pois todas as mídias estão falando disso e como cristãos, nossos adolescentes precisam ter um posicionamento bíblico, mas jamais preconceituoso sobre o assunto.

Não precisamos pesquisar muito a Bíblia para encontrar vários textos bíblicos que apontam a homossexualidade como pecado: Gn 19:4-11; Lv 18:22; Rm 1:26-28; 1 Co 6:9-11. Infelizmente quando muitos pastores e líderes cristãos se pronunciam publicamente sobre esse pecado, ele se esquecem de que nós, cristãos, também somos pecadores e cometemos outros pecados, até outros tipos de pecados sexuais. A Bíblia, que é nossa regra de fé, nos diz o que é pecado e também nos diz em muitos vesículos que TODOS NÓS SOMOS PECADORES (Ec 7:20; Jo 8:7-9; Rm 3:10) e não apenas os homossexuais. Por isso, e com certa razão os homossexuais se sentem ofendidos e discriminados pelos cristãos.

Como líderes, pastores e pais de adolescentes cabe à nós ensinar à essa Nova Geração o que é pecado sexual, o que desagrada a Deus na nossa vida sexual, como adultério, sexo fora do casamento, homossexualidade e tudo o que está fora dos planos Dele para o sexo. Mas não nos cabe julgar. Por que acolhemos mais facilmente o casal de adolescentes ou jovens que está praticando sexo fora do casamento, mas não acolhemos o adolescente ou jovem homossexual? Por preconceito.

O capítulo 2 da Carta de Tiago nos diz claramente que discriminação ou preconceito desagrada a Deus, ou seja, é pecado. Entendam bem, há uma grande diferença entre não discriminar o pecador e aceitar o pecado. Homossexualidade e preconceito ou discriminação são pecados segundo a Bíblia. Entretanto a Bíblia também nos diz que Deus ama o pecador. “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” Romanos 5:8 

Precisamos nos posicionar sobre os pecados sexuais diante dos nossos adolescentes com uma teologia firme e com o amor do Senhor Jesus Cristo. O conhecido versículo de 1 João 1:9 nos afirma que Deus perdoa os pecados confessados e sabemos que não há pecados imperdoáveis quando há confissão e arrependimento.
Quanto à homossexualidade, há o forte argumento de que alguns homossexuais já nascem assim, ou nascem com uma predisposição para a homossexualidade. Nesse aspecto é importante lembrar que todos nós nascemos com uma predisposição para o pecado, porque como já dizia Renato Russo na música Indios “Nos deram espelhos e vimos um mundo doente”. Sim, até o poeta popular confirma o que Gênesis 3 nos ensina: nosso mundo é doente porque todos nós nascemos com a doença do pecado. Para o homossexual é o pecado da homossexualidade, para o fofoqueiro é o pecado da fofoca, mas cada um de nós tem que lutar dia após dia com o seu próprio pecado, pois todos nós nascemos predispostos para pecar e travamos uma luta diária com o pecado.

Há um ministério incrível nos Estados Unidos, chamado Marin Foundation, criado e dirigido pelo jovem Andrew Marin que trabalha à mais de 10 anos com homossexuais. Certa vez, assisti um de seus cursos pela Internet e quando perguntado por alguém da platéia sobre o seu sucesso em se comunicar tão bem com a comunidade gay, apesar de dizer claramente para eles que homossexualidade é pecado ele repondeu mais ou menos assim: “Quando os primeiros homossexuais começaram a frequentar meus estudos bíblicos na faculdade, lhes fiz essa mesma pergunta e um deles me disse que sempre ouviu os cristãos lhe dizerem que homossexualidade era pecado, mas que eu havia sido o primeiro cristão a lhe dizer que Deus o amava mesmo assim.” Simples como a Palavra de Deus, não é. Se você quiser ler um pouco mais sobre Marin em português, acesse esse link.

Quero terminar esse post deixando para vocês um excelente material do Professor e Pastor Luiz Sayão. para acessar o audio clique aqui e para acessar o texto clique aqui. A revista americana Group, especializada em Ministério com Adolescentes e Jovens trouxe na sua edição de Julho/Agosto matérias especiais sobre Pecados Sexuais e você pode acessá-las nesse link.

Além disso, dia 21/07/2011 às 12h (horário de Brasilia) você pode participar de um Video Webcast com Discussão e Chat sobre Pecados Sexuais ao vivo direto de Denver nos EUA através deste link. Basta acessar e estar com o inglês afiado.

Se você tem mais idéias, outros links sobre o assunto e quiser compartilhar conosco é só deixar seu comentário aqui para que possamos construir juntos um Novo Tempo para o Ministério de Adolescentes no Brasil!   

Mas eu já transei… E agora?

Quando falamos de sexo para nossos adolescentes e jovens essa frase ou pensamento: “Mas eu já transei… e agora?” é cada vez mais freqüente na vida deles e nós, líderes, insistimos em fechar nossos olhos para essa triste realidade. Não estou querendo dizer com isso que não devemos abandonar os valores que a Palavra de Deus ensina sobre o sexo e que já citei em outro post:

  • Sexo foi criado por Deus e é bom, pois tudo o que Deus criou é bom. (1 Tm 4:4)
  • Sexo foi criado para ser feito entre um homem e uma mulher. (Gn 1:27:28)
  • Sexo foi criado para ser feito no casamento.  (Gn 2:24)
Mas é muito importante falarmos para os adolescentes e jovens que já praticaram ou estão praticando sexo e estão em nossas igrejas. Numa conversa com um amigo, um jovem líder de adolescentes, semana passada, ele me contou a estória de uma garota de 15 anos que havia deixado de freqüentar a igreja porque seu líder havia dito que era muito abençoado por ter se casado virgem e sua líder do pequeno grupo havia dito que Deus a estava abençoando porque ela estava se guardando para o casamento. Mas a garota não era mais virgem, não sentiu acolhimento algum em sua igreja ou no ministério de adolescentes e já que era um caso perdido, resolveu abandonar o grupo.
Foi então que comecei a me perguntar:
Quando é que nós (e me incluo nesse grupo) vamos começar a abrir nossos olhos para essa realidade? Quando é que vamos começar a acolher e cuidar desses adolescentes ao invés de colocar mais carga ou culpa sobre eles?
Toda vez que falamos de sexo para eles, os consideramos como folhas em branco, com experiência zero no assunto e lhes mostramos somente as regras do jogo, ou o Deus juiz.
Por que não mostramos a eles o Deus que João nos mostra em sua carta : “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 João 1:9? Eles precisam conhecer o Deus que perdoa todo tipo de pecado confessado, o Deus que acolhe e que nos torna puros para um recomeço.
Precisamos contar à eles a história de Davi, o homem segundo o coração de Deus, que além de fazer sexo com uma mulher casada e engravidá-la, tramou depois a morte do marido dela. Esse Davi, recebeu o perdão de Deus quando se arrependeu. Por que nos esquecemos de contar à eles essa história?
Por que quando falamos de sexo, não contamos a história de Jesus com a mulher adúltera em João 8:1-11? A lei condenava a mulher ao apedrejamento, mas Jesus a perdoa. Jesus dá à ela a chance de uma nova vida.
É isso que nossos adolescentes e jovens que entendem que erraram e que querem recomeçar no caminho certo na sua vida sexual precisam. Eles precisam do perdão, eles precisam da esperança de viver uma nova vida. Eles precisam da nossa ajuda e apoio e não da nossa condenação. Precisam de alguém que ande com eles para que eles não caiam de novo e para isso não podem se sentir julgados. Se Jesus os perdoou, quem somos nós para condená-los?
Quero deixar bem claro, que não estou de maneira nenhuma sequer sugerindo que sejamos coniventes com o pecado, mas sim que acolhamos aqueles que pecaram nessa área da vida e que estão arrependidos e querem a chance de recomeçar. Fazemos isso em tantas outras áreas, mas quando o assunto é sexo existe um grande tabu para o perdão, para o acolhimento e para o recomeço.
Temos que mostrar aos nossos adolescentes e jovens que Deus odeia o pecado, mas os ama muito e quer ter um relacionamento com eles. E é esse Deus que está pronto para perdoá-los e lhes dar uma nova chance. 

Quem está perdendo essa guerra?

Se você começou a ler esse post pensando que eu vou falar algo sobre a morte do Bin Laden ou sobre a guerra ao terrorismo, errou. Também não vou falar de nenhuma guerra espiritual.

É com muita tristeza que volto a falar da guerra contra o alcoolismo entre os nossos adolescentes e jovens e é com mais tristeza ainda que constato que são nossos filhos, nossos adolescentes e nossos jovens que estão perdendo essa guerra. Confesso que fiquei surpresa e desapontada ao constatar que o menor número de acessos que esse blog já teve, foi quando o assunto tratado era o alcoolismo entre os adolescentes. Quase não acreditei.

Semana passada, logo depois de ter postado a segundo parte do post “Adolescentes e Álcool: Mistura que Não Desce Redondo” tive a oportunidade de conversar com dois amigos muito queridos e verdadeiros especialistas na área. Um é o Dr. Maurício Gattaz, que além de amigo é o médico da minha família, profissional extremamente competente, e um dos que combate a praga do alcoolismo no Brasil. Além de apontar o álcool com grande vilão da saúde no Brasil, ele disse que os números mostram que a maior parte das mortes violentas estão associadas ao álcool. Vocês poderão ler mais sobre isso nos links que indicam os artigos escritos por ele para leigos como nós.

O outro amigo foi um dependente químico durante sua adolescência e parte da juventude e hoje encontra-se completamente recuperado. Na mesma conversa com o Dr. Maurício, esse amigo, que experimentou todas as drogas disponíveis no seu tempo, nos confessou que a pior de todas elas é sem dúvida o álcool. Ao contrário do que muitos dizem que o álcool é a porta de entrada para outras drogas, ele nos disse que o álcool é a própria droga.

E nós como igreja, o que estamos fazendo? Fechamos nossos olhos para esse problema ou falamos sobre ele uma vez por ano? Nos enganamos achando que nossos adolescentes não estão nessa? Que espaços abrimos para tratar do assunto com eles e com seus pais? O quanto sabemos do envolvimento deles com bebidas alcoólicas?

Vocês já leram essa reportagem da Revista Veja que diz que o adolescente brasileiro começa a beber em média com 12 anos? Isso é simplesmente assustador quando os especialistas nos dizem que o álcool leva à perda do juízo crítico em relação à sexualidade e à violência. Isso significa que podemos falar horas e horas para nossos adolescentes que o sexo é um grande presente de Deus para nós para o casamento, mas eles vão tomar a decisão de fazer sexo quando estão alcoolizados e perderam seu juízo crítico.

Como disse no começo, a situação é de uma verdadeira guerra e já sabemos quem está perdendo. Quando vamos inverter essa situação? A Palavra de Deus traz inúmeras advertências sobre o mau uso do álcool e nós precisamos ajudar os pais e aproveitar o tempo que temos com eles para discutir esse assunto.

Por que será que entre os Ais de Isaías ele incluiu esse: “Ai dos que são campeões em beber vinho e mestres em misturar bebidas,” Isaías 5:22 . Isso já dá para começar uma boa conversa, não dá?

RESULTADO DA ENQUETE

Alguns pais acham que oferecer bebida alcoólica aos seus filhos menores de idade em casa é uma forma de inibir o consumo dessas bebidas por eles fora de casa.
Concordo totalmente. 0%
Não concordo. 80%
Concordo parcialmente, pois acho arriscado.20%

Vale lembrar da pesquisa que já mencionei do Dr. George E. Vaillant, um professor de psiquiatria na Harvard University, que em 1983 comparou 136 homens alcoólatras com homens que não eram alcoólatras. Aqueles que cresceram em famílias onde o álcool era proibido na mesa, mas era consumido fora de casa sem a comida, tiveram 7 vezes mais chances de tornaram-se alcoólatras  do que aqueles que vieram de famílias onde o vinho era servido nas refeições, mas bebedeiras não eram toleradas de forma alguma.


Adolescentes e Álcool: Mistura que Não Desce Redondo (Parte 2)

O alcoolismo entre adolescentes e jovens tem proporções epidêmicas no Brasil e a Igreja Brasileira precisa começar a agir imediatamente. Não podemos esquecer as outras drogas, mas é muito importante lembrar que nossos jovens não são bombardeados por comerciais de cocaína, crack ou maconha na TV, revistas ou Internet. Mas eles são constantemente bombardeados por comerciais muito bem feitos de bebidas alcoólicas, onde os famosos e jovens aparecem se divertindo em lugares maravilhosos e em situações incríveis. Tudo parece dizer: beba, pois beber é ótimo.

Como prometi no último post, aqui vão mais dicas para lutar contra essa epidemia.

  • Ensine que a Bíblia não proíbe o consumo de bebidas alcoólicas pelos cristãos. Embora muitos cristãos pensem assim, as Escrituras não trazem essa proibição ou o primeiro milagre de Jesus ao transformar água em vinho seria uma total incoerência (João 2:1-11). A Bíblia nos adverte a nos mantermos longe do álcool para evitarmos a embriaguez (Pv 20:1; 23:29-35 ; Efésios 5:18), que é condenada por Deus. Entretanto pela lei brasileira, como já dissemos no post anterior, bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos e isso não se discute.
  • Traga pessoas que já tiveram problemas com álcool para dar seu testemunho para os adolescentes.  Essas histórias podem ser muito fortes e tristes, mas tem um impacto tremendo para os adolescentes e jovens. Eles poderão ouvir e ver o potencial de destruição que o álcool tem em vidas de pessoas como eles. Vídeos e filmes sobre histórias reais também podem ajudar.
  • Trabalhe em conjunto com os pais para que eles saibam como lidar com seus filhos em casa. Não me compreendam mal, mas é papel dos pais “ensinar” seus filhos a beberem com responsabilidade ao invés de os atirarem ao mundo aí fora sem nenhuma instrução. Dr. Paul Steinberg, um psiquiatra de Washington diz que a idade mais perigosa para um jovem é aquela em que ele pode beber álcool legalmente sem qualquer supervisão (21 anos nos EUA). Muitos jovens caem com tudo na bebida e por isso ele sugere que os pais comecem a introduzir o vinho nas refeições em família como prevenção à esse tipo de comportamento.

Dr. George E. Vaillant, um professor de psiquiatria na Harvard University, publicou The Natural History of Alcoholism (A História Natural do Alcoolismo) em 1983 onde comparou 136 homens alcoólatras com homens que não eram alcoólatras. Aqueles que cresceram em famílias onde o álcool era proíbido na mesa, mas era consumido fora de casa sem a comida, tornaram-se alcoólatras 7 vezes mais do que aqueles que vieram de famílias onde o vinho era servido nas refeições, mas bebedeiras não eram toleradas de forma alguma.

É claro que em famílias onde o alcoolismo já é um problema conhecido, esse procedimento não deve ser empregado, pois é cientificamente sabido que há uma predisposição genética para o alcoolismo.

Talvez esse procedimento possa causar espanto ou escândalo para alguns de vocês, mas preciso dizer que foi esse o procedimento que meu marido e escolhemos para nossa família. Perto dos 18 anos, nossos 3 filhos começaram a ter acesso a uma limitada quantidade de bebida alcoólica sob a nossa supervisão durante as refeições. E bebedeiras eram terminantemente proibidas. Escolhemos fazer isso sem conhecer essas pesquisas, mas porque fomos educados assim e os resultados foram bons em nossas famílias de 4 e 5 filhos.

Meus filhos podiam ir às festas desde os 15 anos com a condição de que nós fossemos buscá-los, pois assim poderíamos checar se eles haviam bebido ou não. Eles sabiam que uma bebedeira não seria tolerada e apenas 1 deles quebrou nossa confiança e bebeu demais uma vez aos 17 anos. Por isso ficou sem sair por 3 meses justamente numa época de festas de formatura, que ele perdeu sob protestos, choros e até greves de fome, mas perdeu e aprendeu.

  • Encontre voluntários que possam estar mais próximos dos seus adolescentes. Há uma grande chance de que metade dos adolescentes do seu grupo esteja enfrentando problemas com álcool, mas fica muito difícil detectar isso num grupo grande. Por isso, precisamos muito de adultos ou jovens adultos cristãos com uma vida séria com Deus que possam acompanhá-los mais de perto. Ore e procure por essas pessoas. Ore para que a sua congregação entenda que a geração mais velha é sim responsável pela geração mais nova (Juízes 2:10)
Lutar contra a epidemia do alcoolismo entre os adolescentes não é fácil, mas é nossa tarefa e com a ajuda de nosso Deus e joelhos no chão precisamos continuar nessa luta!