O Evangelho, Adolescentes e as Questões do Nosso Tempo (Parte 2)

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Foto de Flora Westbrook em Pexels

Quando penso em nossos adolescentes e jovens e na cultura que os envolve vejo aqueles chamados para alcançar essas faixas etárias, como verdadeiros missionários transculturais. Daí vem nossa necessidade de conhecer a cultura deles e procurar pontos de contato com ela.

Lembro de um professor que tive no DMin que nos dizia que precisamos falar sobre aquilo que faz nossos ouvintes perderem o sono. Entre tantas coisas que fazem nossos adolescentes perderem o sono está a sexualidade e as polemicas sobre identidade ou ideologia de gênero. Sim, são questões difíceis, que dizem respeito não somente a eles, mas também as suas famílias. Entretanto é urgente que eles conheçam a visão e os valores de Deus sobre essas questões.

Enquanto evitamos o ensino e a discussão desses temas com nossos jovens e adolescentes, as pessoas que produzem cultura popular estão atraindo essa geração com o que julgamos ser apenas diversão, para depois bombardeá-los com mensagens que visão transformar seus sentimentos, suas mentes e seus comportamentos.

Na semana passada ouvi uma respeitada psicóloga brasileira falando sobre a importância da educação sexual na escola, pois muitos pais não se sentem preparados para isso. Ela continuou dizendo que se deve respeitar os valores da família e da comunidade onde esses adolescentes e jovens estão inseridos. E logo a seguir recomendou uma série da Netflix sobre educação sexual para pais e adolescentes. Segundo ela, a série é muito instrutiva e pode ajudar os pais a começarem conversas com seus filhos para que eles desenvolvam uma sexualidade saudável.

Por respeitar muito essa psicóloga fui conferir o primeiro episódio da série que já está em sua 2º temporada e não posso concordar com a indicação da série. Além da primeira cena ser extremamente gráfica, praticamente todos os personagens adolescentes e adultos tem desvios de comportamento sexual. Os criadores da série argumentam que estão apenas retratando a realidade do mundo adolescente hoje, mas temo que a real intensão seja influenciar o comportamento dos adolescentes. Um dos personagens diz que “Todos estão pensando em transar ou estão prestes a transar ou estão transando.”

Será que nós, os cristãos, continuaremos permitindo que nossos adolescentes ouçam as mentiras sobre sexualidade? Ou iremos ensinar a verdade de Deus sobre a sexualidade para as novas gerações?

No meu novo curso, Compreendendo a Cultura Adolescente: Internet, Redes Sociais e Sexualidade, a ideia principal é compreender os pensamentos e as questões de nossos adolescentes diante da cultura do nosso tempo. Só a partir dessa compreensão é que poderemos discutir e responder, a partir de uma perspectiva bíblica, as questões que afligem as novas gerações.

Para mais informações sobre o curso e inscrições acesse o link.

O Evangelho, Adolescentes e as Questões do Nosso Tempo (Parte 1)

Foto de Engin Akyurt em Pexels

Foto de Engin Akyurt em Pexels

A evasão de adolescentes e jovens de nossas igrejas é uma triste e inegável realidade. E a situação é ainda mais triste quando nos deparamos com as explicações que as igrejas dão para isso, responsabilizando somente as novas gerações, sem ao menos considerar sua própria responsabilidade sobre essa situação.

Será que as novas gerações estão virando as costas para o Evangelho ou somos nós, como igreja, que não estamos ensinando e vivendo o verdadeiro Evangelho para eles? Estamos realmente pregando o Evangelho que fala do imensurável amor de Deus, que nos constrange a ponto de reconhecermos nossa miserável condição e nos leva a nos entregar nossas vidas a Jesus (Jo 3:16,17)? Ou pregamos o evangelho que julga, condena e exige obediência para que sejamos aceitos por Deus? Esse evangelho apequenado, que deixa de lado o amor de Deus e o perdão, esquece da graça que nos aceita como somos e é essa aceitação amorosa e misericordiosa (Ef 2:6-9) que nos leva a nos entregarmos a Deus e obedecer seus mandamentos.

Nossas igrejas, como família de Deus na terra, precisam ensinar o verdadeiro Evangelho para as novas gerações, amando-as e acolhendo-as como irmãos, pois Deus os adota como filhos por meio de Jesus Cristo (Gl 4:4-7). Não podemos nos esquecer que mesmo antes de sermos adotados como filhos, ou quando ainda éramos pecadores afastados de Deus, ele amou todos nós (Rm5:8). Dessa verdade é que vem a vocação para o amor das comunidades da fé, mas não é essa a percepção que muitos grupos da nossa sociedade, como as novas gerações, tem das igrejas cristãs evangélicas. Somos identificados com tribunais, que julgam e condenam, sem demonstrar o amor de Deus por todos.

Nossos adolescentes e jovens tem questionamentos que deveriam e poderiam ser acolhidos e abordados pelas igrejas. Mas quando nos calamos por não entendermos nossa missão para amar e proclamar, ou por não considerarmos esses assuntos “espirituais”, eles buscam respostas e acolhimento em outras comunidades no mundo real ou virtual.

No meu novo curso, Compreendendo a Cultura Adolescente: Internet, Redes Sociais e Sexualidade, a ideia principal é compreender os pensamentos e as questões de nossos adolescentes diante da cultura do nosso tempo. Só a partir dessa compreensão é que poderemos discutir e responder, a partir de uma perspectiva bíblica, as questões que afligem as novas gerações.

Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,
os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.
João 1:12,13

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Precisamos falar de política com as novas gerações de cristãos!

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Depois das eleições municipais no último domingo, comecei a observar as manifestações de adolescentes e jovens nas redes sociais. Ainda na noite de domingo, um dos mais populares programas da TV brasileira exibiu uma reportagem sobre os jovens e a política no Brasil. Aqui você pode ler mais sobre isso e aqui pode ver a pesquisa que originou a reportagem. Nossos adolescentes e jovens estão falando, discutindo e respirando política, como poucas vezes vimos nesse país.

Já vinha pensando sobre o assunto num misto de contentamento, porque afinal nossos adolescentes e jovens não são alienados, e preocupação, porque parece haver uma tendência bem clara de doutrinação política. Essa tendência é evidente nesse vídeo do filósofo Luiz Felipe Pondé sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

E logo comecei a pensar em como nós, cristãos, estamos ou não estamos discutindo política com nossos adolescentes e jovens à partir de uma perspectiva cristã. Nosso país tem respirado política nesse último ano e nossas igrejas precisam abrir espaço para que jovens e adolescentes possam discutir e aprender sobre o posicionamento do cristão na política. Não estou contrariando a sabedoria popular, que diz que “política, futebol e religião não se discute.” Percebam que não defendo uma discussão partidária, mas sim de ideias e conceitos que se alinhem com o pensamento cristão.

Precisamos mostrar aos nossos adolescentes e jovens que, para nos posicionar nesse cenário, temos que conhecer a Lei de Deus e ter consciência da nossa missão como cristãos no mundo. O cristão pode e deve se envolver nas questões relativas à política e à cidadania.

Um bom começo é conversar com eles sobre cristãos que se engajaram em causas políticas no tempo deles e que foram tão importantes a ponto de terem suas vidas retratadas em livros e filmes: Dietrich Bonhoeffer e William Wilberforce. Bonhoeffer, um pastor na Alemanha nazista foi preso e morto por se opor ao governo. Esse cristão atuou como agente secreto e participou do movimento que tramou o assassinato de Hitler. Além dos livros que ele escreveu, eles podem aprender mais sobre Bonhoeffer no antigo filme, Agente da Graça. William Wilberforce lutou pelo fim da escravidão na Inglaterra no século 19 e sua história é retratada no filme Jornada pela Liberdade.

Também encontramos várias pessoas na Bíblia que se posicionaram diante de governos de acordo com sua fidelidade a Deus: José; Moisés, Neemias, Mardoqueu, Ester, Daniel e seus amigos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os profetas do Antigo Testamento, João Batista e Paulo.

Precisamos mostrar aos nossos adolescentes e jovens que, para nos posicionar nesse cenário, temos que conhecer a Lei de Deus e ter consciência da nossa missão como cristãos no mundo. O cristão pode e deve se envolver nas questões relativas à política e à cidadania:

  • Conhecer a Lei de Deus

Há muitos textos sobre isso, mas destacaria como principais: Romanos 13:1-7 e 1 Pedro 2:13-14

  • Conhecer nossa missão como cristãos

Os cristãos não devem ser seres alienados. Não podemos nos esquecer de que somos, acima de tudo, cidadãos do Reino de Deus e não estamos nesse mundo a passeio. Estamos aqui para fazer diferença e falar do amor de Deus e da Salvação em Cristo Jesus. Somos agentes de transformação, mas da transformação que vem de dentro para fora e muda as pessoas.

Para nossa reflexão, cito  trechos de um texto de Robinson Cavalcanti (1944- 2012), que foi bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de muitos livros.

Uma questão, porém, nos desafia: o que fazer com a nossa vida entre a conversão e a morte/arrebatamento?… Deveríamos ser — como alguém afirmou — apenas “pré-cadáveres cantantes”? Ou há um mandato cultural entregue pelo Criador à humanidade e recuperado, primeiro, por Israel e, depois, pela Igreja? 

A ação política (cidadã) não deve se limitar ao partidário nem, muito menos, ao eleitoral, mas a uma atitude de responsabilidade, sensibilidade, disponibilidade e intervenção no cotidiano, que é obediência e testemunho. 

“A tarefa da Igreja é uma só: mudar o mundo” Charles Finney

Quem é Thiago Braz?

 

Foto de DAVID GRAY/ REUTERS

                                                                                                                               Foto de David Gray/Reuters

Sei que como eu, muitos brasileiros acordaram hoje perguntando: “Quem é Thiago Braz?”. Confesso que até a medalha de ouro desse jovem brasileiro, eu não tinha ouvido falar dele. Assim que pude fui pesquisar sobre o atleta na Internet e minha primeira pesquisa foi na ficha dele publicada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Logo, algumas informações chamaram minha atenção:

HOBBIES: Assistir filmes e ler a Bíblia

OBJETIVOS PROFISSIONAIS: Atingir o que Deus tem para mim

Mais algumas pesquisas e vejo que a história de Thiago é mais uma história de superação. Ele foi abandonado pela mãe ainda menino e foi criado pelos avós. Ao ser perguntado sobre quem seriam as pessoas mais importantes na sua trajetória, ele respondeu “Deus e meus avós”.  Thiago também tem um triste histórico de não resistir às pressões das grandes competições como o Mundial e o Pan. Mas na maior de todas as competições ele finalmente venceu e diz que sua vitória foi um milagre de Deus!

Encontrar notícias, imagens e vídeos sobre o grande feito de Thiago é muito fácil. Thiago é casado com uma jovem atleta, Ana Paula, que foi entrevistada logo após a conquista dele. Vibrando com a conquista, Ana Paula fala do grande empenho do marido para conquistar essa medalha de ouro. E continua dizendo “Hoje o dia foi preparado por Deus para o Thiago e ninguém mudava isso. É para honra de Deus!” Confira a entrevista aqui.

Thiago Braz FBNa página oficial dele no Facebook, encontro essa postagem ao lado. Thiago sabe que Deus está com ele na vitória ou na derrota! Ele crê no Deus que não nos abandona jamais.

Thiago também foi entrevistado após a prova e quando perguntado sobre como conseguia se manter tão calmo, ele respondeu: “Aprendi a ter fé e confiar em Deus. Ele tem me ensinado muita coisa, até mesmo a concentração.” Confira essa entrevista aqui.

Várias notícias descrevem Thiago como muito religioso, mas uma delas diz “É comum ver o atleta brasileiro usando as redes sociais para compartilhar imagens de fé. Adota o discurso em seu dia a dia.” Parece que não é apenas mais um discurso de alguém que se diz cristão, mas é uma fala de alguém que vive de acordo com sua fé! Nessa época de escassez de referências para nossos adolescentes e jovens, a vida do Thiago Braz, com suas derrotas e vitórias, pode ajudá-los a ver que ter uma vida com Deus vale à pena!

Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.
Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem.
Hebreus 12:1-3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A história por trás das vitórias e derrotas de Michael Phelps

Phelps Reuters

© Reuters

Estamos assistindo a várias histórias de superação nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Muitos atletas enfrentaram derrotas, lesões, preconceitos e muito treinamento para disputarem essa Olimpíada.

E o maior medalhista olímpico da era moderna não é uma exceção. O fenômeno Michael Phelps, que até o momento em que escrevo esse post, já havia ganhado 25 medalhas olímpicas em 5 edições dos jogos. Com apenas 15 anos ele participou das Olimpíadas de Sidney em 2000 sem ganhar medalhas.

Para chegar até aqui, Phelps passou por momentos gloriosos, como quando ganhou 8 medalhas de ouro em uma única edição, nos Jogos de Pequim, na China em 2008. Outro momento importantíssimo de sua carreira ocorreu nos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres, ao tornar-se o primeiro nadador do mundo a conquistar o titulo olímpico, três vezes consecutivas na mesma especialidade a nível individual (200m medley). Entretanto desde o final das Olimpíadas de 2008, o nadador vinha enfrentando problemas com drogas, álcool e problemas de relacionamento com seu pai. Seus pais se separaram quando ele tinha apenas 9 anos.

O nadador anunciou sua aposentadoria depois dos Jogos de Londres em 2012. Abandonou os esportes e sua vida perdeu o rumo. Seus problemas com o álcool continuaram e ele chegou a ser preso por dirigir embriagado. Deprimido, chegou a pensar em suicídio. Mas seu amigo Ray Lewis, ex-jogador de futebol americano do Baltimore Ravens, e pessoas da família conseguiram convencê-lo a se internar numa clinica de reabilitação em 2014. No período de internação, Phelps leu Uma Vida com Propósito de Rick Warren, livro que ganhou de seu amigo Lewis. Essa história é contada num documentário exibido pela ESPN Brasil. Clique aqui para assistir esse documentário de 16 minutos ou assista no site da ESPN Brasil. Se você é um líder de adolescentes, aproveite esse vídeo e assista com sua turma para iniciar um bom bate-papo. Se você é pai ou mãe de adolescentes, aproveite para assistir vídeo com seus filhos e iniciar uma boa conversa.

Muitos sites dizem que Phelps foi salvo pelo livro ou que foi salvo pelo desejo de competir nas Olimpíadas de 2016. Outros dizem que o nadador entregou sua vida a Jesus. Nenhum desses fatos é verdadeiro! A única verdade é que Deus agiu poderosamente e deu novo rumo à vida de Phelps.

A história de Michael Phelps pode mostrar aos nossos adolescentes e jovens como uma trajetória de sucesso pode ser interrompida quando estamos afastados de Deus. E também mostra que na sua graça e misericórdia, só Deus pode nos resgatar de uma situação de dor, falta de esperança e de vontade de viver.

Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. Efésios 1:6

 

Os Pokemons invadiram nossas vidas

Pokemon capturado na minha casa

Pokemon capturado na minha casa.

Começou a invasão dos Pokemons! Sim, baixei o aplicativo e em alguns minutos apareceu o primeiro Pokemon em minha casa. Capturei o monstrinho da foto ao lado!

Esse novo game, que pode ser baixado gratuitamente tanto para Androide ou iOS, está quebrando todos os recordes de games para plataformas móveis. O game é na verdade uma grande e fantástica máquina que a Niantic criou para ganhar muito dinheiro! O download é gratuito, mas o jogador é fortemente incentivado a comprar coisas com dinheiro de verdade para usar dentro do jogo. E as compras vão de “pokébolas” até incenso para atrair os monstrinhos!

E agora? Como vamos ajudar nossas crianças e adolescentes a lidarem com essa atraente e perigosa tentação? Há muitos boatos sobre a possibilidade do game ter sido criado para roubar os dados e informações dos jogadores. E até teorias da conspiração envolvendo a CIA! Mas a verdade é que os milhares de aplicativos que já usamos fazem isso muito bem.

Então qual é o grande problema do game?

Para crianças e adolescentes o grande problema é a dependência ou a gamemania! As regiões cerebrais em que as drogas atuam são as mesmas em que o jogo atua. É a expressão máxima de uma nova droga, consome a energia, horários produtivos, contribui para um isolamento social e causa alienação, segundo o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, Rodrigo Fonseca Martins Leite.” 
Os adolescentes (sobretudo os homens, que representam a maioria dos jogadores) são os mais suscetíveis à dependência. A razão disso está na própria estrutura cerebral. O cérebro não está completamente formado nessa etapa da vida. Ele ainda não desenvolveu a capacidade de brecar comportamentos e prever as consequências deles. Isso só começa a acontecer a partir dos 20 anos!

Outros grandes problemas para essas faixas etárias são:

Lembrem-se de que vocês são os pais e tem o dever de proteger seus filhos, limitando o uso dos celulares e tablets, controlando o pacote de dados de Internet a que eles tem acesso e ensinando-os sobre os perigos à que eles se expõem.

Que Deus nos dê sabedoria e graça para cuidar e guiar nossos filhos em mais esse desafio do nosso tempo!

Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo.
“Honra teu pai e tua mãe”, este é o primeiro mandamento com promessa:
“para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”.
Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.
Efésios 6:1-4

Deixe seus comentários sobre esse post. Você pode ter imformações e dicas que beneficiarão outros pais.

SYMC 2014 – Dia 1

Sessão de Abertura

Sessão de Abertura

O primeiro dia da SYMC 2014 acabou e foi muito bom! O tema desse ano é “Estórias de Transformação” e com certeza nossas vidas começaram a ser transformadas nesse dia.

Meu primeiro workshop foi com o Les Christie, um veterano no Ministério de Adolescentes (40 anos de ministério!). Les nos falou sobre como usar a criatividade e a imaginação no ministério. Na maior parte das vezes, deixamos de usar a criatividade por medo de falharmos, mas falhar é parte do processo criativo. Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica, fez cerca de 1000 tentativas antes conseguir sucesso na sua invenção!

Ele nos lembrou que somos criativos porque fomos feitos a imagem e semelhança de um Deus criativo. Além disso, devemos lembrar que nosso Deus é o mesmo que deu vida aos ossos secos e pode dar vida à nossa imaginação. Les nos deu várias ideias criativas, mas na verdade nos ensinou e nos encorajou a soltar nossa imaginação.

Depois participei da Sessão Principal de abertura com a banda Kings Kaleidoscope, que nos levou a adorar com uma releitura de hinos antigos! Música de qualidade e de adoração ao Senhor!

skit guysOs Skit Guys também estavam lá e como sempre foram muito engraçados e no final nos levaram à uma reflexão profunda. Se você nunca assistiu uma esquete deles, há muitas disponíveis no Youtube e no site deles.

Jo SaxtonA principal palestrante da noite foi Jo Saxton, que compartilhou conosco a sua própria estória de transformação de vida, através do seu relacionamento com Jesus Cristo. Ela nos contou como o discipulado e a influência de cristãos adultos na sua vida ajudaram nessa transformação. A Jo não vem de uma família cristã e nunca conheceu seu pai. Não somos perfeitos, mas Jo nos mostrou que nossa vida cristã deve ser a base para que as novas gerações possam construir sua vida cristã. Ensinamos mais com a nossa vida do que com nosso discurso.

Continue acompanhando o que está acontecendo aqui e assista as transmissões ao vivo nesse link para ver as transformações que Deus vai fazer aqui!

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 2 Coríntios 5:17

 

Protesto: O Que é Correto?

Protestos do Movimento Passe Livre em São Paulo

Protestos do Movimento Passe Livre em São Paulo

Temos visto no nosso país e em nossa cidade, uma série de protestos que vão desde a Marcha da Maconha, Protestos de professores da rede pública, “saiaço”, até os violentos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público nessa semana. Muitos dizem que finalmente essa geração “despertou” e está se posicionando. Será?

Clique na TV para ver o vídeo sobre o “Saiaço” no Colégio Bandeiramtes

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Todos tem os seus motivos para essas manifestações e protestos, mas e nós cristãos, como devemos nos posicionar nessas situações? No saiaço ocorrido no Colégio Bandeirantes e nas manifestações do Movimento Passe Livre contra o aumento dos transportes públicos, vimos muitos jovens e adolescentes envolvidos. E os jovens e adolescentes cristãos devem estar se perguntando como deve ser o posicionamento deles frente a tudo isso.

Precisamos discutir com eles sobre esses assuntos e mostrar que Jesus e os primeiros cristãos viveram numa época em que a corrupção, os impostos abusivos, as injustiças sociais e a discriminação eram altíssimas. E Jesus nunca lutou ou incitou os cristãos a lutarem por mudanças de forma não pacífica. Ao contrário, Paulo fala na carta aos Romanos sobre como os cristãos deveriam se submeter às autoridades.

Vendo os acontecimentos dessa semana lembrei do boicote aos ônibus organizado nos EUA pelo pastor norte-americano Martin Luther King. Num cenário de extrema violência, ele conseguiu organizar um protesto (e não havia redes sociais, Internet ou Smartphones) pacífico e que fez toda a diferença. Aqui estamos vendo excessos dos dois lados porque violência gera mais violência. Nem manifestantes e nem a policia estão certos. A história está aí para nos ensinar com erros e acertos do passado. Por que não aprendemos?

Meu desejo é que nossos jovens e adolescentes se posicionem como cidadãos sempre lembrando que são primeiramente cidadãos do Reino de Deus. E como cidadãos do Reino de Deus, estão nesse mundo para fazer diferença sempre apontando para o nosso Deus e seu amor por nós.

Onde Estão os Adolescentes da Igreja?

Essa situação é familiar para você?

“Uma igreja com um ministério infantil lotado de crianças, um ministério de pré-adolescentes com um pequeno mais difícil rebanho, um ministério de adolescentes com poucos garotos e garotas que aparecem de vez em quando na igreja e um ministério de jovens com alguns fiéis remanescentes.”

Muito provavelmente você deve ter respondido que sim. E essa é a triste realidade das igrejas brasileiras e também das igrejas americanas. E o problema é tão sério que motivou um estudo e uma pesquisa feitas pelo Fuller Youth Institute chamado “Sticky Faith” (Fé que Cola). Tudo isso para descobrir porque parece que a Fé não “cola” nos adolescentes e eles se afastam da comunidade cristã justamente nesse período tão crítico da vida deles.

Livro Sticky Faith

Esse projeto de pesquisa teve como resultado, além do site, alguns livros, dentre os quais o “Sticky Faith: Everyday ideas to build lasting faith in your kids” (Fé que cola: Idéias do dia a dia para ajudar seus filhos a terem uma fé que perdure), que eu acabo de ler. Se você tiver algum tipo de pré-conceito contra idéias, livros, pesquisas e ensinos norte-americanos, peço que deixe de lado esses sentimentos em favor do Reino. Porque, após ler e analisar o livro percebendo que os contextos podem ser diferentes, ficou muito claro para mim que o grande problema é o mesmo: os adolescentes que se afastam da fé e da vida cristã e o que precisamos fazer para reverter essa situação. E é disso que quero falar, é esse o ponto que líderes, pastores, voluntários do Ministério de Adolescentes e pais de adolescentes precisam urgentemente discutir.

Sei que muitos dirão que grande parte desses adolescentes acabam votando para a igreja e para a fé cristã na idade adulta e isso é verdade. Mas eles voltam feridos, sofrendo as consequências de erros cometidos, sem amigos na comunidade cristã e sem terem produzido frutos numa das melhores épocas de suas vidas. Por isso não podemos mais nos conformar com essa situação e precisamos conscientizar a Igreja brasileira de que os adolescentes são um imenso e importante campo missionário dentro da própria igreja e que precisa ser urgentemente alcançado pela comunidade cristã.

Esse vídeo demonstra muito bem o que acontece em nossas igrejas:

O livro “Sticky Faith: Everyday ideas to build lasting faith in your kids” cita alguns motivos que podem estar causando essa evasão dos adolescentes da igreja porque a fé não “cola” neles. E um desses motivos é a segregação dos adolescentes pela igreja. Na tentativa de sermos mais apropriados e relevantes para essa faixa etária acabamos segregando os adolescentes do restante da igreja. Eles acabam não se sentindo parte da igreja e infelizmente muitas vezes são realmente vistos pela igreja como um ministério menos importante ou até como um problema. Que ligação esses adolescentes terão com essa comunidade? Por que eles irão permanecer ali quando tiverem a liberdade de sair?

Os adolescentes precisam se sentir acolhidos, bem vindos e úteis na igreja. E isso não trabalho apenas do líder ou pastor de adolescentes, mas é função de toda a comunidade adulta da igreja. A Bíblia nos diz repetidamente que uma geração é responsável pela geração que a sucede Sl 145:4; Sl 22:30; Sl 102:18 . As igrejas precisam se perguntar: “Como podemos integrar os adolescentes com nossa comunidade?” E cada igreja vai encontrar suas próprias respostas porque cada comunidade tem suas características.  Pode ser através de cultos conjuntos, de viagens missionárias conjuntas, de pequenos grupos, de grupos de louvor misto, de grupos de discipulado, enfim cabe a cada comunidade encontrar a maneira de se conectar com seus adolescentes. E com certeza essa geração carece de relacionamentos verdadeiros, de líderes e mentores que se importem com eles, que os ouçam. Eles precisam de modelos, de exemplos de vida cristã e de oportunidades para servir. Quando os adolescentes sentem que são parte de algo, eles vestem a camisa, eles escolhem participar, eles fazem diferença e trazem outros adolescentes.

Tenho falado em algumas igrejas em diferentes partes do nosso país e o grande problema que líderes e pais de adolescentes encontram é ver essa garotada chegando ao final da adolescência e abandonando a fé cristã. Não podemos mais olhar para isso e dizer que é culpa desse mundo louco, da televisão, da Internet e da inversão de valores. Precisamos olhar para o que nós, Igreja Brasileira, estamos fazendo ou deixando de fazer para que toda uma geração se afaste dos caminhos do Senhor. E corrigir o nosso rumo para que possamos guiar aqueles que vem atrás de nós.

Por isso quero desafiar você a começar hoje a contagiar a geração adulta da sua comunidade com o amor, o cuidado, a oração, o discipulado, o ensino pela geração adolescente!

Cristãos que Vivem Perigosamente

Hoje, dia 08/06/2011, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma coluna do The New York Times que fala justamente dos cristãos evangélicos que fazem diferença no mundo por viverem perigosamente. Como destaque, a coluna cita John Stott que faleceu há alguns dias aos 90 anos de idade. Para ler a coluna na íntegra clique no link:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,evangelicos-sem-espetaculo,755510,0.htm