Por que você deve assistir “Merlí”?

Merli-NetflixSe você nunca ouviu falar dessa série da Netflix não se sinta tão por fora. Infelizmente nossa mídia dá muita atenção para séries norte-americanas, como “13 Reasons Why”, e pouca atenção para séries europeias. Nada contra “13 Reasons Why”, até porque acho que todos que trabalham com adolescentes e pais de adolescentes devem assistir. Mas há muitas coisas interessantes como “Merlí”.

A série foi assunto do Caderno Cultura do O Estado de São Paulo e da Folha de São Paulo também. Ela conta a história de Merlí, um professor de filosofia, e o impacto que ele causa na escola e nos seus alunos do ensino médio e é uma série espanhola toda falada em catalão. Ainda estou assistindo a primeira temporada (são 3 temporadas até agora), mas a série me cativou tanto que tive que compartilhar aqui e explico porque você deve assistir também:

  1. Ela fala de adolescentes muito mais reais do que as séries mais populares e até do que a entediante Malhação. É interessante observar as relações entre eles, com seus pais e com seus professores.
  2. Ela fala da influência que Merli começa a ter sobre seus alunos, apesar da grande diferença de idade entre eles. Não quero dar nenhum spoiler aqui, mas Merli conquista seus alunos porque entende a cultura deles e sabe como estabelecer vínculos com eles. Conhecemos muitos professores assim, mas o que isso pode ensinar para os adultos que trabalham com eles nas igrejas? Por que não estamos mais influenciando nossos adolescentes nas igrejas?
  3. Merlí tem uma noção de ética muito complicada e que beira o mau-caratismo. A ideia de que não há certou ou errado é extremamente nociva para cérebros em desenvolvimento. Com certeza ele não é exemplo para ninguém, muito menos para os adolescentes. Mas quantas pessoas, como professores, técnicos, influenciadores digitais no Instagram e no Youtube, estão influenciando nossos adolescentes com ideias semelhantes? E o que os adultos da comunidade da fé podem fazer?
  4. Apesar de todos esses graves defeitos, Merlí que quer que seus alunos aprendam a pensar por si mesmos. Para ele os fins justificam os meios e acaba incentivando seus adolescentes a contestarem os valores e ideias dos pais. Queremos que nossos adolescentes pensem por si mesmos e desenvolvam uma fé cristã deles. Como fazer isso sem que eles acabem contestando a fé dos pais?
  5. A série não se aprofunda muito na filosofia,mas nos ajuda a pensar em como a filosofia pode perpassar todas as áreas da nossa vida.

Claro que não concordo com tudo o que a série traz, mas creio que ela pode ser uma grande oportunidade para refletirmos sobre os adolescentes, sua cultura e como podemos nos relacionar com eles para acolhe-los na comunidade da fé. Talvez esse post lhe traga muitas perguntas e poucas respostas e é essa a ideia.

Observe, reflita, repense e planeje como você pode se conectar melhor com seus adolescentes.

22 Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns.

1 Coríntios 9:22

Série: O Que Eles Tem na Cabeça? Adolescentes precisam dos Adultos

livro dr siegel

Sei que podemos olhar para nossos pré-adolescentes e adolescentes e rapidamente dizer que eles estão cada vez mais se afastando dos adultos. Mas por que será que isso acontece? Qual é a parte dos adultos nessa dinâmica? E isso tem a ver com o desenvolvimento cerebral deles?

A adolescência é uma fase incrível de expansão dos limites. A principal tarefa da adolescência é a INDIVIDUAÇÃO.  Dr. Chap Clark em seu livro “Hurt:2.0” (ainda sem tradução para o português)  define muito bem esse processo.

“Adolescência é uma busca psicossocial independente por uma identidade única ou por uma separação… com o objetivo final de ter um certo conhecimento de quem você é em relação aos outros, uma disposição para se responsabilizar pela pessoa que você está se tornando e a percepção de ter um compromisso para viver em comunhão com os outros.”

 Para que o adolescente se torne um indivíduo que caminha para a fase adulta ele busca sua identidade, sua autonomia e um sentimento de pertencer. E para que isso aconteça o cérebro adolescente passa por mudanças drásticas, que podem ser tanto uma excelente oportunidade de crescimento e desenvolvimento quanto uma crise com dimensões trágicas.

 

cérebro em construção O cérebro do adolescente está “em construção” e córtex pré-frontal que tem a responsabilidade de integrar as funções cerebrais tem suas funções temporariamente prejudicadas. O equilíbrio das emoções, planejamento do futuro, a percepção do contexto e a empatia estão comprometidos. Quando analisamos isso fica mais fácil entender a rebeldia, comportamentos de risco e alterações súbitas de humor que caracterizam a adolescência. E em sua maioria os adultos, tão necessários nessa fase, não entendem isso, rotulam os adolescentes ou “aborrescentes” e colocam barreiras entre eles e os adolescentes.

A verdade é que não foram os adolescentes que viraram as costas para os adultos de forma arrogante. Eles foram praticamente “abandonados” pelos adultos que não conseguem entender o que acontece nessa complexa fase do desenvolvimento humano.  Em seu livro Cérebro Adolescente: o Grande Potencial, a Coragem e a Criatividade da Mente dos 12 aos 24 Anos, o Dr. Daniel Siegel destaca em vários trechos a importância dos adultos no desenvolvimento do adolescente. Adolescentes precisam de referenciais e de mentores adultos para que possam se desenvolver de maneira positiva. Quero destacar aqui um trecho do livro:

“Os adolescentes acham que precisam mais uns dos outros do que precisam dos adultos. Adolescentes são nosso futuro e é por meio da coragem deles e de seus esforços às vezes exagerados, mas criativos, de “não ser como todo mundo”, que nossa espécie vem se adaptando. Se quisermos sobreviver nesse planeta frágil e magnífico vamos precisar de toda a ingenuidade da mente rebelada adolescente para encontrar soluções para os graves problemas que a nossa geração adulta e as anteriores criaram.” 

Convido você a ler o texto acima pensando na igreja e nos adolescentes. Também quero lembrar de adolescentes usados por Deus, como Davi (1 Samuel 17:17-50), Daniel (Daniel 1) e Maria (Lucas 1: 26-55).

Série: O Que Eles Tem na Cabeça? Adolescentes e Comportamentos de Risco

Comportamento de Risco

Imagem cortesia de Ben Schonewille em FreeDigitalPhotos.net

Adolescentes parecem procurar por comportamentos de risco. Você já deve ter ouvido falar de adolescentes e jovens europeus que se “divertem” escalando prédios altos para depois postar fotos e vídeos da façanha na Internet. Em outubro de 2016 um pré-adolescente de Santos, SP morreu participando da “brincadeira do desmaio”. Nossos adolescentes experimentam drogas, consomem álcool, dirigem sem licença e são atraídos por todo tipo de comportamento de risco.

A primeira pergunta que fazemos é “Mas ele não pensou nos riscos?”. Os recentes estudos sobre o cérebro dos adolescentes vão nos mostrar que eles não pensaram. As razões para não pensarem são fisiológicas:

  • Os lobos frontais ainda não tem uma boa conexão com outras partes do cérebro do adolescente e isso dificulta a avaliação de riscos e consequências.

  • Os sistemas neurais que controlam a excitação e a recompensa são muitos sensíveis no cérebro adolescente. Por isso as emoções e o imediatismo tem um grande apelo para eles.
  • O centro cerebral do prazer é extremamente ativo e isso faz com que eles tenham uma intensa busca por recompensas (ações ou substâncias que lhes trazem prazer). A ânsia pela recompensa é muito maior do que a consciência do risco.

Isso explica o porquê do cérebro adolescente ser mais suscetível ao vício por um comportamento ou substância química. A droga ou outro estímulo prazeroso age de forma intensa no centro cerebral do prazer e os lobos frontais não estão prontos para inibir esse efeito. Por isso o cérebro adolescente busca intensamente por essa estimulação. É isso que torna o cérebro adolescente tão suscetível ao vício e aos comportamentos de risco.

Você pode estar sentindo certo desânimo com essas informações, mas podemos ver a adolescência como um período de grandes oportunidades para influenciar positivamente a vida dessa nova geração. É indiscutível que há muitas escolhas ruins à disposição dos adolescentes, mas cabe aos pais, professores, líderes, mentores e outros adultos apresentar as boas escolhas para eles. Os adultos precisam incentivá-los a buscar as experiências positivas que proporcionem prazer e emoção para eles. Os esportes, convívio social com outros adolescentes num ambiente saudável e atividades em grupo são muito importantes! Adolescentes envolvidos no serviço ao próximo nas nossas igrejas, em comunidades carentes ou em viagens missionárias irão obter a recompensa e o prazer que tanto buscam por meio de atividades positivas para o desenvolvimento deles.

Fica a pergunta: “O que estamos oferecendo aos nossos adolescentes para que eles não tenham a necessidade de buscar comportamentos de risco?”

Quem despreza o próximo comete pecado, mas como é feliz quem trata com bondade os necessitados!

Provérbios 14:21

Cinema, pipoca e o papo vai rolar 2

O mês está quase acabando e é hora de dar mais dicas de filmes para líderes e pais de adolescentes (garotada na faixa de 11 à 17 anos). Mais uma vez a idéia é que esses filmes possam ser assitidos pelos adolescentes sozinhos ou junto com suas famílias e que sejam um ponto de partida para um papo informal sobre questões importantes na vida de um adolescente cristão. Hoje vou falar de dois filmes bem diferentes, mas que vão agradar a todos.

O FAZENDEIRO DE DEUS (FAITH LIKE POTATOES)– Concordo que o título do filme em português não é muito animador e chega a ser piegas, além de não ter nada a ver com o título original em inglês. Mas garanto que vocês não vão se arrepender de assistir esse filme emocionante, baseado numa estória real. Um fazendeiro, Angus Buchan, filho de escocês, nascido na Zâmbia muda-se para a África do Sul com a família, sua esposa Jill e três filhos pequenos. Ele deixa para trás uma fazenda que formou com as próprias mãos, uma casa confortável e leva com ele apenas algum dinheiro, um trator e algumas poucas coisas que cabem no seu caminhão.

Na África do Sul terá que recomeçar sua vida do nada e com Jill grávida do quarto filho. Vivendo num trailer e trabalhando duro noite e dia em suas terras, Angus chega à beira de um ataque de nervos. Depois de beber com amigos e até tomar calmantes sem resultado, ele acaba aceitando contrariado o convite para ir à uma pequena igreja metodista na cidade e se rende diante de Deus entregando sua vida à Jesus. A vida de Angus continua difícil e dura como antes, mas ele passa a enfrentar as dificuldades e perdas com a fé em Jesus. Ele descobre o dom de evangelizar que Deus lhe deu e sua vida de fé inabalável causa um grande impacto na vida das pessoas ao seu redor até que… Bem agora você vai ter que assistir para saber como isso acaba, pois não vou contar o fim do filme, não é? Ah, e você precisa descobrir o que as batatas e a fé tem em comum!

O DVD também traz um documentário com o verdadeiro Angus e toda a estória da produção do filme, que vale à pena assistir.

 

A ÚLTIMA MÚSICA (THE LAST SONG) – A estória se passa numa pequena cidade praiana do sul dos EUA, onde um pai separado (Greg Kinnear) tem a chance de passar o verão com sua filha adolescente Ronnie (Miley Cyrus) e seu filho mais novo, Jonah (Bobby Coleman), que vivem em Nova York. Mas Ronnie, ainda machucada pelo divórcio dos pais e revoltada por ter que deixar Nova York no verão, tem atitudes rebeldes e agressivas com o pai. Ele tenta se reaproximar dela por meio da única coisa que eles têm em comum − a música. O filme dá grande ênfase aos valores da família, amizade e amor e mostra o quanto o perdão é importante para que esses relacionamentos se fortaleçam e nos ajudem a superar crises e dificuldades (Ef 4:32). As garotas, principalmente, não vão se decepcionar com o clima de romance entre Ronnie e Will (Liam Hemsworth) e com  a preocupação ecológica dos namoradinhos e de Jonah que tentam  proteger os ovos de tartarugas marinhas na frente da casa do pai dela. Não vou contar o final, mas a galera mais sensível pode preparar os lencinhos para as últimas emoções.

Bom filme para todos e aguardem mais dicas de filmes em Abril!

Grupos Pequenos: Moda ou Necessidade?

Pequeno Grupo de adolescentes na igreja em que implantei os Pequenos Grupos para essas faixas etárias.

Vivemos numa cultura onde as amizades são superficiais e até virtuais. Nossos pré-adolescentes e adolescentes tem centenas de amigos, mas sequer conhecem alguns desses “amigos”, que encontram no Facebook, Twitter e outras mídias sociais. Não tenho nada contra as mídias sociais, apenas estou fazendo aqui uma leitura de nosso tempo.

Por isso a Igreja deve e pode fazer diferença, tornando-se um espaço onde há uma comunidade poderosa, autêntica e centrada em Jesus Cristo e os pré-adolescentes e adolescentes:

  • são aceitos do jeito que eles são.
  • podem discutir assuntos muito importantes de suas vidas.
  • podem ter um mentor espiritual e ter um crescimento espiritual.
  • podem aprender a aplicar as verdades bíblicas em suas vidas e buscar ajuda para enfrentar seus problemas do dia a dia.

O principal propósito dos Pequenos Grupos é que eles sejam  espaços onde pré-adolescentes e adolescentes se conectem num relacionamento com Jesus Cristo e uns com os outros. Eles devem ter uma atmosfera acolhedora para que pré-adolescentes e adolescentes possam construir relacionamentos significativos com outros pré-adolescentes e adolescentes, que tem os mesmos tipos de desafios e objetivos que eles.

Os Pequenos Grupos devem ser lugares seguros, onde seus membros tenham a liberdade de ser verdadeiros e possam compartilhar suas lutas e dificuldades. Para que esse ambiente seja criado, o Líder deve dar o primeiro passo.(1 Ts 2:8)

A tarefa do Líder de Pequeno Grupo não é fácil. Como um cristão mais maduro, ele tem a habilidade de comunicar a verdade de Deus. O líder precisa se preparar para o encontro com o Pequeno Grupo e precisa acompanhar os membros do seu grupo, principalmente aqueles que estão precisando de maiores cuidados. (At 20:24)

O líder não pode dar o que ele não tem, por isso tem que fazer do seu relacionamento com Jesus uma prioridade. Dessa forma poderá passar isso quase que de forma natural para os membros do seu grupo. (Cl 3:16)

O estilo de liderança de um líder de Pequeno Grupo deve ser o do líder servo, aquele que serve seus liderados. (Mc 10:43)

A maior dificuldade que tive para implantar os Pequenos Grupos entre os pré-adolescentes e adolescentes foi a falta de líderes adultos e imagino que essa deva ser a dificuldade da maioria das igrejas. O argumento bíblico que os adultos da igreja mais usam para “fugir” dessa responsabilidade é que a  Bíblia nos diz  que os pais são diretamente responsáveis pelo cuidado espiritual de seus filhos e isso é verdade. Mas a Bíblia não diz que eles são os únicos responsáveis por isso.Toda uma comunidade de fé que vem antes dessa Nova Geração também tem responsabilidade sobre ela e a história de Juízes (Jz 2:10) e outros trechos da Bíblia (Sl 145:4; Sl 22:30; Sl 102:18) nos mostram que essa é uma responsabilidade de uma geração inteira.

Como Igreja precisamos orar por essa geração e agir, pois nossa missão é transmitir a Palavra de Deus para eles. A história do povo de Deus continua a ser escrita em nossas vidas e, quando não estivermos mais aqui, qual terá sido o legado deixado por nós?

E respondendo a pergunta do título, os Grupos Pequenos não são moda. Eles são extremamente necessários para que possamos cumprir essa tarefa que temos como Igreja. Sei que não é fácil motivar os adultos de sua igreja, por isso estou colocando aqui um vídeo que legendei e utilizei para motivar os líderes de Pequenos Grupos de meu antigo ministério. Espero que seja de grande ajuda para vocês também.

Para líderes de Pequeno Grupo desanimados, lembre-os de que: se os membros do grupo que eles lideram parecem não entender nada do que eles dizem e vivem dizendo ou fazendo bobagem, eles lideram um Pequeno Grupo bem parecido com o que Jesus liderou há cerca de 2ooo anos e que transformou o mundo!

Cinema, pipoca e o papo vai rolar

Nessa seção do blog quero dar dicas de filmes para líderes e pais de adolescentes (garotada na faixa de 11 à 17 anos) que possam além de diversão, gerar bons papos, reflexões e serem analisados de um ponto de vista cristão. Também vou postar algumas críticas ou comentários sobre filmes atuais para essas faixas etárias.

Vou começar com dois filmes muito legais feitos para essa moçada e que no Brasil não foram lançados nos cinemas e sairam direto em DVD.

DIÁRIO DE UM BANANA (Diary of a Wimpy Kid) – Essa é uma dica de filme para os pré-adolescentes. Apesar da tradução pouco feliz do título, o trailer do filme com certeza vai atrair a galera dessa faixa etária que passa por essa fase turbulenta entre a infância e adolescência e tem que lidar com os mesmos tipos de problemas que o Greg lida, principalmente na escola. O filme vai render boas risadas e pode dar início à conversas sobre amizade, lealdade e fazer escolhas certas.

A MENTIRA(Easy A) – Essa é uma dica de filme para os adolescentes. Olive, uma adolescente, mente para a melhor amiga que não é mais virgem, apenas para se tornar mais popular entre as garotas. Mas a mentira toma proporções que ela jamais poderia imaginar. Muito pesado para você? Sim, o tema é da pesada, mas bem próximo da realidade. Esse filme tratar de temas importantes como mentira, relacionamento com os pais, bullying, sexualidade na adolescência, homossexualidade e hipocrisia dos cristãos, mas muitos sites cristãos americanos de críticas sobre fimes não recomendam que adolescentes cristãos assistam ao filme.
Minha teoria é de que, se vivemos num mundo saturado de limões podemos e devemos fazer uma limonada. Em outros termos, vamos aproveitar os elementos ruins espalhados na cultura e usá-los a nosso favor para mostrar os valores em que cremos. Pois quer queiramos ou não, é nesse mundo que nossos adolescentes vivem e essa é uma excelente oportunidade para pegarmos a onda da cultura e aproveitar para dizer o que a Bíblia fala sobre isso. Não podemos fechar os olhos para essa cruel realidade, mas precisamos ajudá-los a viver como cristãos nesse mundo. E nada melhor do que um filme, uma pipoca e um bom papo para isso.  Mas a decisão final é sua, então meu conselho é: assista ao filme antes e decida se vale à pena assistir com seu grupo de adolescentes ou com seus filhos.

E bom filme para todos.